terça-feira, 3 de setembro de 2019


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
NUCLEO DE GRAD. EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM  CIÊNCIAS DA RELIGIÃO


Desafios e perspectivas para o ecumenismo em uma sociedade marcada pelo individualismo

A primeira tentativa de estabelecer um diálogo inter-religioso começou ainda na segunda metade do século XIX organizada pela igreja Anglicana, depois surge à mesma ideia nas Igrejas reformadas, metodistas, batistas e luteranas. Esse movimento tinha o objetivo de promover a fraternidade e o respeito entre as igrejas cristãs, dentro do universo protestante. A igreja católica nesse primeiro momento não participa dessa tentativa ecumênica e reafirma sua hegemonia no Concílio vaticano I. Contudo a semente já havia sido plantada no meio cristão e durante o século XX principalmente na segunda metade, falar de ecumenismo se tornou quase um pensamento comum entre as igrejas cristãs. Sabendo disso, o Papa João XXIII inaugura uma mudança bastante significativa dentro da Igreja Católica, durante o Concílio Vaticano II abriu a igreja para o mundo e propôs o diálogo com outras religiões cristãs e também não-cristãs. Contudo o que parecia um movimento em ascensão em direção da tolerância e do respeito à diversidade religiosa, estagnou e não parece ter uma solução possível no horizonte próximo. Para compreender o aconteceu e o porquê desse diálogo entre as religiões não ter prosperado é preciso volta no tempo e entender os fenômenos que influenciaram o atual contexto da nossa sociedade.
A segunda metade do século XIX foi marcada pela ascensão do pensamento positivista, somado ao grande desenvolvimento científico e tecnológico que passou a sociedade no século XX. Reduzindo-se as distâncias, deixando o mundo mais dinâmico e globalizado. O acesso ao conhecimento que antes era limitado e pertencente a alguns poucos privilegiados passou a ser muito mais fácil e rápido, em questão de segundos qualquer pessoa pode ter acesso a uma infinidade de informações. Muitos chegaram a afirmar que a religião iria se extinguir totalmente da vida das pessoas, pois a ciência iria substituí-la. Porém o que aconteceu foi o contrário a globalização levou para o Oriente Médio e Ásia o cristianismo, mais também trouxe para o ocidente uma infinidade de crenças religiosas como: Islamismo, hinduísmo, budismo, taoísmo. Muitas delas com dezenas de milhões de seguidores e ganhando cada vez mais adeptos em todo mundo e com valores éticos e morais que se assemelham muito com os valores das religiões judaico-cristãs.
Somado a isso, temos a doutrina liberal que até o século XVIII estava relacionada muito mais a economia, passou no século XX a pregar um liberalismo religioso, político, moral, intelectual, sexual. Liberando as pessoas dos valores tradicionais pregado nas religiões, e libertando-as para seguirem e praticarem o que quiserem, quando e onde como quiserem. Tudo isso fez com que as pessoas chegassem ao século XXI extremante individualistas. O individualismo das pessoas está diretamente ligado ao progresso, quanto mais desenvolvido é um país, mais individualista é seu povo. As sociedades tradicionais ainda cultivam uma cultura de bem estar coletivo, ainda sentem empatia uns pelos outros. Hoje as pessoas estão vivendo em pequenas bolhas de isolamento e dentro das religiões não é diferente, quando alguém discorda de algo na sua religião, é só sair e abrir a sua própria igreja, uma atitude individualista que não respeita nenhuma hierarquia nem tradição.
O ecumenismo se opõe a quem defende uma verdade exclusiva, porém é justamente isso que defende a maioria das igrejas cristãs. Exclusivismo nada mais é que um “individualismo coletivo” dentro de pequeno universo religioso que professa a mesma fé. Vivemos em um mundo cheio de situações adversas, guerras constantes, violência, fome, falta de água, desemprego, preconceito, desigualdade social. Tudo isso agridem violentamente a dignidade humana e é gerado pelo egocentrismo e um individualismo exacerbado que domina a nossa sociedade. A união de homens e mulheres de culturas e etnias diferentes em busca de um mundo melhor para todos, já seria motivo suficiente para a união das religiões. É muito comum nos dias de hoje se falar em macro-ecumenismo, ou seja, um movimento mais abrangente em direção à paz, que tem como objetivo a tolerância e a união entre diversas religiões como: cristãos, budistas, hinduístas, judeus, muçulmanos, etc. Contudo é muito difícil acreditar nessa união, pois para isso todas deveria abrir mão de uma verdade absoluta e única. 
A maioria dos cristãos tem medo que ecumenismo relativizar demais sua fé, afastando-os do ensinamento bíblico. Para muitos o discurso ecumênico de unir todas as religiões, afirmando que a doutrina divide enquanto o amor une é conversa fiada, chamam de ideologia do unionismo, onde não se deve contestar, polarizar nem dividir. Mas sim unir, acomodar, evitar discórdia em busca de se construir uma ética planetária, contudo muitos acusam esse macro-ecumenismo de ser uma invenção humana, totalmente divergente da vontade de Deus e do texto bíblico. Segundo estes cristãos o amor pelo próximo não pode ser substituto da verdade bíblica e, portanto, não se deve anular a doutrina em nome da tolerância. A ideia de não existir uma verdade absoluta e sim “verdades” com o mesmo valor, onde cada pessoa possui a sua própria verdade, e estão todos em igualdade de fé. Isso não é aceito pela ala cristã mais conservadora, pois consideram uma total distorção com o projeto de evangelização que deu origem ao cristianismo.
Resultado imediato dessa passagem é a “crise de credibilidade quanto à unicidade e à universalidade do cristianismo como sendo a única religião verdadeira, que detém a Boa-Nova da salvação para todo ser humano” (GEFFRÉ, 2013, p. 6).

Algumas denominações até aceitam a união entre as igrejas cristãs, porém, que seja baseada apenas na permanência da fé em Cristo. Estas igrejas reconhecem que todos que creem em Cristo em qualquer lugar fazem parte da mesma família de Deus, unidas pela espiritualidade da fé em Cristo. Porém, não conseguem admitir nenhuma forma de salvação fora do cristianismo, ou seja, para a maioria dos cristãos, não existe salvação onde não existe Cristo. Para reverte esse pensamento as igrejas cristãs precisam entender que os evangelhos apresentam valores que também são valores sociais, e isso não significa que todos na sociedade precisam ser cristãos. As igrejas precisam superar esse desejo de querer cristianizar o mundo, pois isso é algo fantasioso e utópico, mas sim precisam buscam tornar o mundo mais fraterno sem etnocentrismos.
A sociedade mudou, no Brasil, por exemplo, durante todo o império vivíamos sobe o regime do padroado, onde a Igreja Católica era a religião oficial do estado, as demais religiões tinham que ser praticadas escondidas sem liberdade de culto. Com a proclamação da república o estado passou a ser laico, mas isso só na constituição, pois a realidade era outra. Enquanto as Igrejas protestantes buscavam conquistar e consolidar o seu espaço na sociedade, a Católica tentava recuperar o espaço perdido. A influência da Igreja nas decisões do estado era muito forte durante a república e isso permanece até os dias de hoje, só que agora com a presença também dos protestantes.
Os cristãos no Brasil passaram muito tempo se digladiando por questões doutrinarias, felizmente esse longo período de batalhas em nome da fé tem sido superado paulatinamente e as igrejas hoje em sua maioria tem adotado um discurso de tolerância e respeito mútuo. Pois muitos cristãos mesmo sem reconhecer a legitimidade da fé do outro, conseguem manter relações amigáveis entre seus membros. Embora o pluralismo de tendências teológicas dentro do universo cristão seja causa de tensões, isso não significa que não exista um conteúdo doutrinário comum.  Na verdade existem mais elementos comuns, já que todas as igrejas cristãs derivam da mesma raiz, ou seja, são igrejas irmãs, que podem e devem buscar cada vez mais à fraternidade e à cooperação.
Contudo o que tem sido debatido sobre o ecumenismo e tem sido objeto de discursão frequente dentro das igrejas cristãs, é o “tolera o outro”. Porém tolerar não significa aceitar o outro, mas sim suportá-lo, por isso o diálogo nunca evoluir, pois nenhuma das partes envolvidas está disposta a abrir mão de algo em busca do bem comum. Já são muitos anos de discursos acalorados em busca da unidade cristã, porém nada de concreto aconteceu realmente, falar apenas não é mais suficiente, é preciso desenvolver uma cultura de solidariedade, unidade e paz. No entanto, o que se ver principalmente com relação às religiões não cristãs, é um problema ainda maior, pois não existe nenhum empenho por parte da maioria dos cristãos em uma aproximação. O discurso é sempre vertical nunca horizontal, ou seja, sempre colocar os que estão fora do universo cristão como religiões imperfeitas, incompletas, inferiores, mesmo quando essas religiões possuem valores que são fundamentais a dignidade humana.
Secularização: sociedade em metamorfose
Uma das principais características do individualismo atual é o processo de secularização pelo qual passa todo o ocidente, é um fenômeno continuo e ininterrupto principalmente nas sociedades mais modernas. As pessoas têm perdido pouco a pouco suas raízes religiosas. Porém a coluna vertebral do estado sempre foi à religião, a falta dela e não havendo nada que possa ocupar o mesmo espaço na sociedade tem levando muitos ao abismo cultural e existencial. Nas sociedades menos modernas a secularização ainda tem um longo caminho a percorrer. Contudo é evidente que a laicidade do total do estado é algo impossível de se praticar em uma sociedade onde uma parcela significativa da população é religiosa. Isso não é um fenômeno apenas do cristianismo no ocidente, a maioria dos países muçulmanos vivem em um estado absolutamente teocrático. A coluna dorsal que mantém as religiões de pé é a tradição, por isso o cristianismo tem perdido espaço frente ao Islamismo. Pois enquanto no ocidente as sociedades exigem cada vez mais do estado moderno uma laicidade efetiva. Os países muçulmanos vivem em sua maioria sobe a égide de um estado teocrático que mantém a coluna dorsal da tradição intacta diante da modernidade e do individualismo. Isso faz com que o Islamismo atualmente tenha uma coesão maior perante a sociedade que o cristianismo, por isso o Islamismo é a religião que mais cresce no mundo, pois ainda não sofreu com os impactos da laicidade que passa o ocidente. Tudo isso faz com que o cristianismo se sinta cada vez mais ameaçado pelo Islamismo, diante da eminente perda da hegemonia religiosa no mundo. Devido a isso um diálogo entre o cristianismo, seja Católico ou Protestante e os muçulmanos, é algo muito difícil de acontecer, não existindo até o momento nenhuma perspectiva concreta de diálogo.
As pessoas precisam de algo que lhe der algum sentido a vida, a globalização ampliou a leque de possibilidades, até o ateísmo hoje é considerado um tipo de religião. O ecumenismo moderno tenta de alguma forma viabilizar uma aproximação, que possa superar o individualismo que entrou nas religiões, em busca de uma cooperação para paz e harmonia no mundo. Através do diálogo, rompendo as barreiras culturais e aceitando a diversidade das religiões. Porém quando as perguntas começam a surge percebemos que a tarefa não é fácil. Quem vai coordena esse diálogo? Como aceitar uma prática religiosa que vai totalmente de encontro a minha fé? Como dialoga sem proselitismo? Como o pecado pode ser combatido se o que é pecado para um é natural para outro? As questões que surgem são muitas as respostas é que são difíceis.

Referências:
COMTE, Augusto. Curso de filosofia positiva; Discurso sobre o espírito positivo; Discurso preliminar sobre o conjunto do positivismo; Catecismo positivista. São Paulo: Abril cultural, 1978.
BERGER, Peter. Em favor da dúvida: como ter convicções sem se tornar fanático. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
BRAKEMEIER, Gottfried. Preservando a Unidade do Espírito no Vínculo da Paz. São Paulo: ASTE, 2004.
WOLFF, Elias. Caminhos do ecumenismo no Brasil – História, Teologia, Pastoral. São Paulo: Paulus, 2002.
WOLFF, Elias. A unidade da Igreja – ensaio de eclesiologia ecumênica. São Paulo: Paulus, 2007.
MENDONÇA, Antônio Gouvêa. Protestantes, Pentecostais e Ecumênicos. São Bernardo do Campo, 1997.
A BÍBLIA, versão TEB – Tradução ecumênica, São Paulo: Paulinas e Loyola, 1995.
GEFFRÉ, Claude. De Babel a Pentecostes: ensaios de teologia inter-religiosa. São
Paulo: Paulus, 2013.
RIBEIRO, Claudio de Oliveira.. São Paulo: Paulinas, 2014.


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
NÚCLEO DE GRADUAÇÃO/LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO


Disciplina: NGCR0003 - Teologias das Religiões II 

Claude Geffré nasceu em 23 de janeiro de 1926 na cidade de Niort, oeste da França, apenas oito anos após o fim da primeira guerra, quando a Europa ainda tentava se recuperar. Entrou para “ordem dos pregadores” e em 1948 formou-se na escola de São Tomás de Aquino, em 1965 entra para o “instituto católico de Paris” como professor de teologia fundamental. Nesta época Geffré se encontrava em um contexto pós-segunda guerra mundial e principalmente pós-concílio vaticano II, quando a teologia tradicional passa a ser repensada em duas frentes, a chamada “guinada hermenêutica” e o reconhecimento do pluralismo religioso. Geffré se consolidou em sua vasta carreira como um dos principais teólogos católicos do século XX, sendo uma espécie de mediador entre a fé da igreja com as inúmeras expressões religiosas existentes no mundo contemporâneo.
O autor parte do princípio que o teólogo das religiões não é apenas um mero observador neutro e ao fazer a comparação em teologia das religiões usa a sua própria tradição religiosa como medida, ou seja, como uma espécie de lente cultural que impossibilita a neutralidade. Ainda assim, para Geffré é impossível falar de teologia das religiões sem recorrer ao método comparativo, porém o que o autor apresentar é maneira diferente de usar o método. Primeiramente o seu texto reconhece a originalidade da teologia das religiões e sua tendência de ser o novo horizonte do qual será reinterpretado as verdades fundamentais da fé cristã. Geffré propõe um passo mais além da já conhecida teologia ecumênica, ou mesmo da antiga teologia da salvação dos infiéis. Pois já existe dentro da igreja mesmo antes do concílio vaticano II a discussão sobre a possibilidade de salvação fora do horizonte cristão. A inovação teológica do autor acontece quando afirma que se a igreja já se encontra pronta para reconhecer o juízo positivo em outras religiões, então, por que não afirma que existe um pluralismo de princípio e que este pluralismo, faz parte da vontade misteriosa do próprio Deus.
Segundo o autor foi o ecumenismo começado dentro das religiões cristãs que quebrou a máxima católica de que “fora da igreja não há salvação”. Foi justamente a superação desse absolutismo católico que construiu as bases para desenvolver um ecumenismo inter-religioso e planetário. Geffré reconhece a impossibilidade de se estabelecer uma unidade entre todas as religiões, para o autor o diálogo não significa chegar a uma espécie de “metarreligião” onde todas as diferenças seriam abolidas. Pois, sendo assim haveria uma perda de identidade própria e a especificidade de cada religião ficaria comprometida.
O pioneirismo de Geffré está no fato dele apresentar para teologia das religiões a tarefa de criar um fundamento teológico que possa suscitar na igreja uma atitude nova perante as outras religiões. O mundo contemporâneo não tem mais espaço para um teólogo que se concentrar apenas na defesa dos dogmas é preciso ir mais além da sua própria tradição religiosa. O documento formulado pelo concílio vaticano II a declaração Nostra aetate, aponta essa nova posição da igreja diante das demais religiões mundiais. O Geffré tem um papel importante pós-concílio no sentido apresentar um caminho novo para teologia cristã diante da nova postura da igreja. O autor afirma que estamos vivendo em uma época de tolerância, pluralidade e respeito às opiniões contrárias. Portanto é preciso construir uma fundamentação teológica que comporte a unidade família humana no plano de Deus.
O autor acredita que existe um mistério oculto de Cristo, salvador do mundo, nas diversas tradições religiosas da humanidade, pois é inegável a presença de valores fundamentais para o cristianismo, como a bondade e a caridade nos elementos estruturais das grandes religiões do mundo. Geffré mesmo sendo católico usa o termo “desabsolutizar” o cristianismo como religião histórica, como sendo a melhor forma de compreender as demais religiões. Foge de termos gerais como: exclusivista, inclusivista e pluralista. Pois acredita que esses termos rotulam e enquadra outras verdades religiosas em categorias que fogem do objetivo da teologia das religiões. Para Geffré é preciso exorcizar qualquer “veneno apologético” ao fazer o uso do método comparativo, isso vale tanto hermenêutica dos textos do cristianismo, como para leitura das diversas outras religiões da humanidade.
O norte principal que a teologia da religião deve buscar é o despertar, para construção de uma teologia inter-religiosa, onde cada um se esforça para compreender o outro em sua própria religião, ou seja, em seu próprio horizonte teológico. Por isso o autor afirma categoricamente que o método comparativo não pode comparar doutrinas, instituições ou ritos. Pois estas práticas fazem parte do ser religioso e sua identidade, refere-se, ao que para o outro tem sentido como valor absoluto.
A metodologia comparativa apontada no texto parte do princípio que é preciso reinterpreta o cristianismo tendo em vista a insuperável questão do pluralismo religioso. Para o autor dentro do próprio cristianismo existem mecanismos, ou seja, princípios capazes de ajuda na relativização. Contudo é preciso entender que Geffré não está orientado pela questão da salvação dos homens fora da igreja, o que está se pretendendo é entender o sentido do insuperável pluralismo religioso, qual significado isso representa nos planos de Deus para com a humanidade. Após dois mil anos de evangelização, as religiões continuam existindo com bastante vitalidade, portanto não é possível mais ignorá-las ou rotularas como superstições. É preciso busca entender o significado das religiões em si mesmas, Geffré sugeri que possa haver uma relação autêntica de Deus fora do universo cristão. Então para que exista uma compreensão aprofundada do cristianismo é preciso que haja um diálogo com o outro, reconhecendo assim a existência de um pluralismo de princípio.
Podemos dizer que proposta de Geffré, abri caminho para construção de uma nova identidade cristã, reconhecendo verdades fora do cristianismo e renovando assim a linguagem da fé. Entendo o pluralismo como uma expressão da vontade de Deus, e a diversidade religiosa como melhor forma de expressar sua verdade e seu mistério. Para o autor a verdade não pertence a apenas uma cultura, nem tão pouco várias culturas, mais é o encontro dessa variedade de culturas que pode possibilitar enfim o encontro com a verdade, até então não encontrada em nenhuma delas.






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Referência:
GEFFRÉ, Claude. Crer e interpretar: a virada hermenêutica da teologia. Petrópolis: Vozes, 2004, p. 29-63; 131-154 (Capítulos I e IV).