De mão atadas
Quero e não posso
Devo e não faço
Amo e não deixa
Vivo no laço
Sonhos são sonhos
Viver é real
Do chão eu não saio
Morre é fatal
Caminha é preciso
Essa angústia é normal
Sem quê
Pra quê
Por quê
O que posso é banal
Não pedi pra nascer
Nem tão pouco morre
Nessa angústia de ser
Nada posso fazer
Um dia ainda descubro
O sentido da vida
E consigo arrancar
Do meu peito a ferida
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